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Desenho animado do SBT tem casal lésbico e evangélicos criticam

A publicação de uma reportagem do UOL sobre um romance gay sugerido em “Avatar: A Lenda de Korra”, que o SBT estreou na última quarta-feira (22), provocou a ira dos fãs da animação, que reclamaram que o relacionamento lésbico da protagonista é um fato secundário na história e que não tem nada demais se comparado com outras produções do estilo, inclusive em desenhos que marcaram a infância de gerações.
Em “Avatar: A Lenda de Korra”, a protagonista que dá nome ao desenho se relaciona com a amiga, porém o romance não é mostrado, apenas sugerido, com mãos dadas e entreolhares. O relacionamento lésbico só foi revelado após a exibição do último episódio pelo criador da série, Mike DiMartino, em seu blog.
A homossexualidade, além de temas como mundo espiritual, depressão e suicídio, fez “A Lenda de Korra” ser considerado “ousado” para crianças nos Estados Unidos, tanto que o canal Nickelodeon passou a exibir o desenho à noite e depois somente pela internet. A sugestão de romance gay, entretanto, chega a ser “careta” em comparação com quadrinhos norte-americanos e animações japonesas.
“Em ‘Camelot 3000′, HQ futurista, um relacionamento lésbico teve sua consumação na cama sendo cortada, ficando só na insinuação. Quando a obra foi republicada, a tal cena foi incluída, pois era uma reedição para público mais velho”, exemplifica o jornalista Alexandre Nagado, colaborador do UOL, especialista em quadrinhos e cultura pop japonesa.
Autora do livro “A Presença do Anime na TV Brasileira” (2010, Editora Laços), a jornalista Sandra Monte acredita que os desenhos não são capazes de manipular a personalidade do telespectador. “Em animações dos anos 1980, como ‘Rambo’ e ‘Comandos em Ação’, mesmo com tanta pistola, não conheço ninguém que tenha virado psicopata”, ironiza.
Desenhos japoneses de grande sucesso provocaram mais polêmica do que “A Lenda de Korra” e até foram censurados. “Sailor Moon” (1992), sucesso no Brasil, também tem um romance lésbico, entre Haruka (Sailor Urano) e Michiru (Salor Netuno). O namoro é mostrado apenas com olhares e mãos dadas. Mesmo assim, três episódios com elas não foram ao ar no Chile.
“[‘Sailor Moon’] é uma animação meiga demais. Não é uma relação homoafetiva que mudará o fato de ser um desenho para pré-adolescentes. Não acho que algo externo tenha capacidade de influenciar a sexualidade de alguém”, opina Sandra Monte.
O romance de Korra e Asami inspirou dezenas de histórias criadas por fãs, as fanfics. Foi o que aconteceu com “Naruto” (2002). O famoso anime não tem oficialmente casais gays, porém o protagonista beijou o amigo Sasuke duas vezes, e o público adolescente criou narrativas sobre um provável namoro entre eles. Os beijos foram cortados no Brasil, nos Estados Unidos e em outros países.
“Dragon Ball” (1986), um dos animes japoneses mais famosos, também foi censurado no Ocidente, e os cortes foram além da violência das lutas. Bulma, por exemplo, mostra os seios dezenas de vezes e já ficou nua para o mestre Kame (um personagem, digamos, atrevido) em troca de uma esfera do dragão. Em outro momento, o pequeno Goku descobre que Bulma não é homem ao tirar a calcinha dela e perceber que não tinha pênis.

(UOL)
 

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