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Jean Wyllys compara redução da maioridade penal ao nazismo e faz defesa do governo Dilma

O deputado federal e ativista gay Jean Wyllys (PSOL-RJ) comparou a aprovação social à redução da maioridade penal à opinião favorável da sociedade alemã ao nazismo, nas primeiras décadas do século XX, e classificou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) como alguém “perigoso” para o país.

Em entrevista ao jornal A Tarde, Wyllys disse que a vontade do povo nem sempre está correta, e que isso se encaixaria ao caso da redução da maioridade penal no Brasil, onde quase 90% das pessoas quer que menores infratores paguem por seus crimes como adultos.

“Nem toda vontade da maioria é justa. A maioria alemã quis o nazismo e nós sabemos do que foi capaz o nazismo: exterminar seis milhões de pessoas. A maioria nem sempre está certa ou é justa em suas reivindicações. Por isso, a boa política exige discernimento e a coragem de ir contra a vontade da maioria”, opinou o deputado.
Wyllys afirmou ainda que a formação de opinião na sociedade brasileira é prejudicada pelo baixo nível intelectual das pessoas, e que por isso, as pessoas são facilmente manipuladas pela mídia e pela classe política.
“A maioria da população brasileira está há décadas alijada do direito a uma educação de qualidade que lhe faça cidadã com capacidade de pensamento crítico e de reconhecimento da diversidade cultural e humana. A ampliação do acesso ao sistema forma de educação, incluindo aí o ensino superior, na era Lula, não significou acesso a uma educação de qualidade. Muitas “universidades” e faculdades privadas têm diplomado analfabetos funcionais por estabeleceram, com os alunos, uma relação pautada no direito do consumidor. Mais de 70% dos brasileiros não leem livros. A maioria se informa por tevês e rádios, que, pela própria dinâmica da comunicação de massa, não aprofundam as questões de interesse público e selecionam as informações de acordo com seus interesses políticos e financeiros”, afirmou.
O deputado federal ainda pregou a legalização das drogas como ferramenta de combate à violência e disse que a repressão a essas substâncias é o que causa mortes: “Estou convicto de que o vencimento ou, no mínimo, a redução das desigualdades é essencial e imprescindível para redução da criminalidade e violências. É óbvio que os governos petistas reduziram algumas desigualdades por meio de suas políticas; muito mais que os governos anteriores. Mas, como já disse, o caminho principal foi o da inclusão via consumo, o que levou a classe C a se identificar mais com o ter do que com o ser. Por outro lado, o aumento de homicídios e de encarceramento está diretamente ligado à ‘guerra às drogas’ e ao fato de não termos legalizado nem regulamentado o comércio de drogas ilícitas, principalmente a maconha, que é mais consumida delas. Se o fizéssemos, teríamos muito menos gente preso, muito menos homicídios, menos consumo e muito mais gente tratado em caso de uso problemático”.
Em suas críticas a Eduardo Cunha, Wyllys fez uma defesa indireta do governo Dilma Rousseff (PT), que atravessa grave crise política e tem a mais baixa avaliação positiva da história recente da República. O deputado pontuou ainda que o presidente da Câmara estaria preparando um golpe institucional.
“Com pautas como a redução da maioridade penal e o financiamento empresarial de campanha, Cunha mostrou ao governo que pode inclusive conduzir uma boa parte da base governista no Congresso. E já está começando a fazer circular boatos sobre um impeachment da Dilma e do Temer que leve ele mesmo à presidência de forma transitória, ou uma reforma constitucional que instaure o parlamentarismo, no qual ele se imagina como primeiro-ministro. Cunha é uma figura muito perigosa para o sistema democrático”, concluiu.

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