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Faculdade Do Povo De São Paulo Ligada à Igreja Internacional Da Graça De Deus Fecha As Portas

 Jornalismo; publicidade e propaganda; rádio, TV e internet; e MBA em comunicação organizacional integrada. Esses eram os cursos de graduação e pós-graduação oferecidos pela Faculdade do Povo de São Paulo (Fap-SP). Eram. Passado. Na noite de quinta-feira, 17, a instituição de ensino demitiu todos os seus funcionários, de estagiários a professores e coordenadores, e comunicou internamente que encerrará as atividades acadêmicas ao fim do ano.
No mercado desde 2009, a Fap-SP foi criada e mantida ao longo dos últimos seis anos por associação vinculada ao religioso Romildo Ribeiro Soares, mais conhecido por Missionário R.R. Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus. Com campus no centro da capital paulista, o fechamento da faculdade, que deve contar com anúncio oficial na próxima segunda-feira, 21, pegou de surpresa os alunos e o corpo docente. As expectativas das partes eram opostas, inclusive com promessa de ampliação da estrutura. A “inviabilidade econômico financeira, agravada pelo atual quadro de recessão”, no entanto, foi alegada como justificativa da decisão.
Contando com laboratórios e estúdios no próprio campus, a direção da Fap-SP planejava ter maior integração com a RIT TV, emissora mantida por R.R. Soares. Na sede do canal, também baseado na região central da cidade de São Paulo, há um estúdio de televisão que, ao menos de acordo com a sinalização, era exclusivo para uso dos estudantes da faculdade. Sem a continuação da empresa educacional, o espaço deve ser utilizado para gravações de conteúdos a serem exibidos pelo veículo de comunicação.
O fim da Fap-SP coloca 15 acadêmicos no mercado de educação superior. Segundo o site da instituição, o corpo docente era formado por Adilson Rogério de Almeida, Ana Aguiar Cotrim, Cibélia Renata da Silva Pires, Daniel Ladeira, Deise Mirian Rossi, Egberto Gomes Franco, Elmo Francfort, Flávia Daniela Pereira Delgado, Francisco José Nunes, Jamile Marinho Palacce, Luiz Antonio Farago, Patricia Garcia Costa e Vitor Guedes. Ao time, juntavam-se Miguel Valione Junior (diretor acadêmico e coordenador dos cursos de PP e RTVI) e Patrícia Paixão (coordenadora do curso de jornalismo).

Talentos revelados
A Fap-SP se despede do cenário da graduação brasileira com o histórico de ser responsável pela formação de profissionais de destaques, caso de Eduardo Rodrigues, repórter da InterTV Cabugi, afiliada da Globo em Natal, que tem feito participações ao vivo no ‘Bom Dia Brasil’. Na lista também está André Guimarães, autor de Gérson de Souza – Um repórter em extinção (In House, 2014), livro que conta a trajetória do jornalista da Record por meio de mais de 60 entrevistas. Outro escritor diplomado pela casa é Sidney Barbalho de Souza, que no mês passado lançou a biografia Marcelo Canellas, por um jornalismo humanista (In House). Ainda estudantes, Kaique Dalapola (integrante da Agência Mural) e Beatriz Sanz (cobertura do último congresso de jornalismo internacional promovido pela Abraji), e que chegaram a colaborar com o projeto ‘Correspondente Universitário’ do Portal Comunique-se, também chamam a atenção.

Lamentação dos professores
A informação de que a Fap-SP fechará as portas causou comoção entre os professores. Coordenadora do curso de jornalismo, Patricia Paixão usou a página que mantém no Facebook para ressaltar que sempre se deu ao máximo em prol da faculdade, agradeceu a parceria que teve com os estudantes e pediu para a turma não desistir de sonhar. Para ela, entretanto, “o sonho acabou”, conforme escreveu. “Não dá para parar de chorar... Um projeto de ensino de excelência, super elogiado pelo MEC, jogado no lixo. Professores, funcionários e alunos que amam verdadeiramente uma faculdade sendo dispensados como um copo descartável. Os prêmios que conseguimos, nossos projetos, nada foi considerado. Fomos vistos como um número”, lamentou a acadêmica, que é mestre em comunicação social pela Metodista e repórter com passagens por veículos como Folha de S. Paulo e portal iG.
Colunista do jornal Agora São Paulo e participante do programa ‘Seleção SporTV’, Vitor Guedes, o “Vitão”, foi outro professor a comentar no Facebook o encerramento da faculdade. “Muitos estão mandando mensagem, agradecendo e tal. Bobagem. Não fiz caridade. Fui pago para fazer o meu trabalho e fiz. E faria de novo. E do mesmo jeito. Ainda que soubesse que o fim seria esse. Fica a lição aos alunos: trabalhamos pela gente, pela nossa história, pelo nosso nome, pela nossa consciência. E, quando fazemos o que gostamos e acreditamos, fazemos com prazer. Se tem algo de bom nisso tudo é a certeza de que trombarei com muitos de vocês nas redações e coletivas da vida”.

Fonte:Portal Comunique

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